"Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música
não começaria com partituras, notas e pautas.
Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe contaria
sobre os instrumentos que fazem a música.
Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria
que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas.
Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas
para a produção da beleza musical. A experiência da beleza tem de vir antes".Rubem Alves

quarta-feira, 1 de maio de 2013

ENTENDA COMO SURGIU O 1º DE MAIO


O primeiro dia do mês de maio é considerado feriado em alguns dos países do mundo. Além do Brasil, Portugal, Rússia, Espanha, França, Japão e cerca de oitenta países consideram o Dia Internacional do Trabalho um dia de folga.
A data surgiu em 1886, quando trabalhadores americanos fizeram uma paralisação no dia primeiro de maio para reivindicar melhores condições de trabalho. O movimento se espalhou pelo mundo e, no ano seguinte, trabalhadores de países europeus também decidiram parar por protesto. Em 1889, operários que estavam reunidos em Paris (França) decidiram que a data se tornaria uma homenagem aos trabalhadores que haviam feito greve três anos antes.
Gradativamente, outros países foram aderindo ao feriado. No Brasil, o feriado começou por conta da influência de imigrantes europeus, que a partir de 1917 resolveram parar o trabalho para reivindicar direitos. Em 1924, o então presidente Artur Bernardes decretou feriado oficial.
Além de ser um dia de descanso, o 1º de maio é uma data com ações voltadas para os trabalhadores. Não por acaso, a Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) no Brasil foi anunciada no dia 1º de maio de 1943. Por muito tempo, o reajuste anual do salário mínimo também acontecia no Dia do Trabalho.
Este ano, foram organizadas diversas manifestações e eventos culturais para o Dia do Trabalho no Brasil. 
fonte: EBC noticias

terça-feira, 23 de abril de 2013

COMPUTAÇÃO NA NUVEM



‘Computação na nuvem é próxima tendência no Brasil’


As cidades que vão sediar jogos da Copa do Mundo têm vivido dias de obras. Mas, muito além das estruturas de concreto e das mudanças viárias, outro legado trazido pelos grandes eventros esportivos que o Brasil sediará nos próximos anos vai impactar a educação do país: o desenvolvimento das telecomunicações. E, com ele, a computação na nuvem. É o que defende Larry Johnson, CEO do New Media Consortium, entidade que reúne especialistas em edtech (tecnologias na educação), e fundador do Horizon Report, relatório internacional sobre tecnologias emergentes que, desde 2012, passou a ter uma edição específica para o Brasil. “Nos próximos cinco anos, vocês terão a oportunidade de viver uma extraordinária virada nas TICs por causa dos investimentos em comunicação que estão sendo feitos”, afirma o executivo.
Com todo esse esforço infraestrutural que vem sendo empregado na melhoria das redes de comunicação, afirma Johnson, o Brasil deve se tornar, em breve, um provedor internacional de computação na nuvem. “Essa é uma tendência que já está chegando e, na educação, vai fazer com que as pessoas tenham de começar a pensar em políticas públicas sobre a segurança dos dados dos alunos”, diz o especialista. Para ele, o país terá de avançar nas discussões sobre onde os dados dos alunos estão fisicamente e que tipo de segurança será necessário garantir.
crédito Mopic/ Fotolia.com

O New Media Consortium existe desde a década de 1990, mas foi com seus relatórios que predizem o futuro da educação que a entidade se tornou mais conhecida no início dos anos 2000. Anualmente, os especialistas preparam uma série de relatórios, mas os mais esperados são os que trazem as perspectivas de edtech para a educação básica e para o ensino superior. Mais recentemente, a instituição passou a fazer análises detalhadas de algumas regiões, como Austrália e Singapura. Desde o ano passado, o NMC começou a produzir um documento específico para o Brasil.
“Talvez o Brasil seja o país do mundo onde as tecnologias móveis são mais fortes”
“O Brasil é um país importante”, responde Johnson, quando perguntado por que o New Nedia Consortium decidiu começar a fazer relatórios específicos para o país. “Vocês são um laboratório onde os grandes desafios que a educação do mundo enfrenta hoje deverão ser resolvidos muito em breve”, ressaltando o fato de haver no país uma intensa diversidade étnica e cultural – das línguas indígenas coexistindo com o português até megacidades que não deixam nada a dever a megalópoles internacionais. “O mundo está muito interessado em ver o que está acontencendo aqui”, afirmou Johnson, que visitava o Brasil para uma série de encontros sobre tendências na educação promovidos pela HP.
Na primeira edição brasileira, divulgada no fim do ano passado, os especialistas do NMC apontavam as tecnologias que deveriam se tornar populares na educação em três diferentes espaços de tempo: em um ano ou menos, entre dois e três anos, e entre quatro e cinco. Apesar de a computação na nuvem, apontada por Johnson como a próxima grande novidade no campo da educação, não estar presente na lista em nenhum desses intervalos, duas das quatro ferramentas identificadas para o curtíssimo prazo já indicavam que o cloud computing poderia se tornar importante: celulares e tablets. “Talvez o Brasil seja o país do mundo onde as tecnologias móveis são mais fortes”, diz ele.
Para fazer a versão brasileira, o NMC reuniu sua equipe de pesquisadores com especialistas brasileiros que, por meses, analisaram artigos, estudos de caso e publicações na mídia sobre as tecnologias emergentes e os desafios enfrentados pelo país. O grupo trabalhou virtualmente e concluiu o relatório em setembro passado. Em novembro, o sistema Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) lançou a versão em português. Confira infográfico feito pelo Porvir na época do lançamento. Mais um relatório está previsto para este ano – possivelmente já com a computação em nuvem marcando presença na lista de tendências.
http://porvir.org/porpensar/computacao-na-nuvem-e-proxima-tendencia-brasil/20130422

SALVE JJORGE



A história de São Jorge ja é um pouco confusa devido ao fato de que este santo também é cultuado pelo Espiritismo, Umbanda, Candomblé e outras denominações, e agora com a novela da Globo certamente vai despertar mais confussão ainda, então fica o esclarecimento que ele é um santo reconhecido pela Igreja e que foi martirizado por ser Cristão como conta sua história a seguir:
A existência do popularíssimo são Jorge, por vezes, foi colocada em
dúvida. Talvez porque sua história sempre tenha sido mistura entre as
tradições cristãs e lendas, difundidas pelos próprios fiéis espalhados
entre os quatro cantos do planeta.
Contudo encontramos na Palestina os registros oficiais de seu
testemunho de fé. O seu túmulo está situado na cidade de Lida, próxima
de Tel Aviv, Israel, onde foi decapitado no século IV, e é local de
peregrinação desde essa época, não sendo interrompida nem mesmo
durante o período das cruzadas. Ele foi escolhido como o padroeiro de
Gênova, de várias cidades da Espanha, Portugal, Lituânia e Inglaterra
e um sem número de localidades no mundo todo. Até hoje, possui muitos
devotos fervorosos em todos os países católicos, inclusive no Brasil.
A sua imagem de jovem guerreiro, montado no cavalo branco e
enfrentando um terrível dragão, obviamente reporta às várias lendas
que narram esse feito extraordinário. A maioria delas diz que uma
pequena cidade era atacada periodicamente pelo animal, que habitava um
lago próximo e fazia dezenas de vítimas com seu hálito de fogo. Para
que a população inteira não fosse destruída pelo dragão, a cidade lhe
oferecia vítimas jovens, sorteadas a cada ataque.
Certo dia, chegou a vez da filha do rei, que foi levada pelo soberano
em prantos à margem do lago. De repente, apareceu o jovem guerreiro e
matou o dragão, salvando a princesa. Ou melhor, não o matou, mas o
transformou em dócil cordeirinho, que foi levado pela jovem numa
corrente para dentro da cidade. Ali, o valoroso herói informou que
vinha da Capadócia, chamava-se Jorge e acabara com o mal em nome de
Jesus Cristo, levando a comunidade inteira à conversão.
De fato, o que se sabe é que o soldado Jorge foi denunciado como
cristão, preso, julgado e condenado à morte. Entretanto o momento do
martírio também é cercado de muitas tradições. Conta a voz popular que
ele foi cruelmente torturado, mas não sentiu dor. Foi então enterrado
vivo, mas nada sofreu. Ainda teve de caminhar descalço sobre brasas,
depois jogado e arrastado sobre elas, e mesmo assim nenhuma lesão
danificou seu corpo, sendo então decapitado pelos assustados
torturadores. Jorge teria levado centenas de pessoas à conversão pela
resistência ao sofrimento e à morte. Até mesmo a mulher do então
imperador romano.
São Jorge virou um símbolo de força e fé no enfrentamento do mal
através dos tempos e principalmente nos dias atuais, onde a violência
impera em todas as situações de nossas vidas. Seu rito litúrgico é
oficializado pela Igreja católica e nunca esteve suspenso, como
erroneamente chegou a ser divulgado nos anos 1960, quando sua
celebração passou a ser facultativa. A festa acontece no dia 23 de
abril, tanto no Ocidente como no Oriente

domingo, 24 de março de 2013

BARÃO DE MAUÁ - UM SONHO PARA O BRASIL


Estrada de Ferro Dom Pedro II
Convivendo em uma sociedade rural e escravista, o contato com a mentalidade empresarial britânica que, nos meados do século XIX, gestava a segunda fase da Revolução Industrial, foi determinante para a formação do pensamento de Mauá.
O seu estilo liberal de administrar era personalíssimo para o Brasil, país acostumado à forte centralização monárquica que o Poder Moderador, expresso na Constituição de 1824, havia reafirmado. Sua característica principal, em qualquer setor econômico que atuou, foi o pioneirismo.
Com menos de trinta anos, já possuía fortuna que, segundo ele próprio, “assegurava a mais completa independência”. Os seus primeiros passos como empresário foram marcados pela ousadia de projeto, apostando no emprego à tecnologia de ponta. Em toda a sua carreira preocupou-se com a correta gestão de recursos, marcada por uma administração descentralizada, onde a responsabilidade de cada indivíduo na cadeia de comando era valorizada. A sua política salarial expressava um investimento nos talentos de seus empregados, tendo sido pioneiro, no país, na distribuição de lucros da empresa aos funcionários. Em complemento, incentivava os seus colaboradores mais próximos a montar empresas e a fazer negócios por conta própria. O nível de gerência era contemplado com créditos e apoio logístico para operar os empreendimentos, o que combinado com a autonomia administrativa e com a participação nos lucros, permitia fazer face à maioria das dificuldades.
Desse modo, Mauá controlou oito das dez maiores empresas do país: as restantes eram o Banco do Brasil e a Estrada de Ferro Dom Pedro II, ambos os empreendimentos estatais. Chegou a controlar dezessete empresas, com filiais operando em seis países. Sua fortuna em 1876 atingiu o valor de 115 mil contos de réis, enquanto o orçamento do Império do Brasil para aquele ano contava apenas com 97 mil contos de réis. Estima-se que a sua fortuna seria equivalente a 60 bilhões de dólares, nos dias de hoje.
Mauá também foi muito conhecido por suas ideias contrárias à escravidão, o que o distanciava das elites políticas do Império, o que se ressentiu indiretamente nos seus interesses comerciais. Com o passar dos anos, Mauá foi se afundando em dívidas, pois sempre que não conseguia recursos, fosse através de subscrições, ou através do apoio financeiro do governo, lançava mão das reservas de sua base de operações: o Banco Mauá & Cia.
Com a extinção do tráfico negreiro, a partir da Lei Eusébio de Queirós (1850), os capitais até então empregados no comércio de escravos passaram a ser investidos na industrialização. Aproveitando essa oportunidade, Mauá passou a se dividir entre as atividades de industrial e banqueiro, tendo acumulado fortuna aos quarenta anos de idade.
Entre os investimentos que realizou, além do estaleiro e fundição na Ponta da Areia, destacam-se:
* o projeto de iluminação a gás da cidade do Rio de Janeiro, cuja concessão de exploração obteve por vinte anos. Pelo contrato, o empresário comprometia-se a substituir 21 milhas de lampiões a óleo de baleia por outros, novos, de sua fabricação, erguendo uma fábrica de gás nos limites da cidade. Os investidores só começaram a subscreveram as ações da Companhia de Iluminação a Gás quando os primeiros lampiões, no centro da cidade, foram acessos, surpreendendo a população (25 de março de 1854). Posteriormente, premido por dificuldades financeiras, Mauá cedeu os seus direitos de exploração a uma empresa de capital britânico, mediante 1,2 milhão de Libras esterlinas e de ações no valor de 3.600 contos de réis.
* a organização da Companhia de Navegação do Amazonas (1852), com embarcações a vapor fabricadas no estaleiro da Ponta da Areia. Posteriormente o Império concedeu a liberdade de navegação do rio Amazonas a todas as nações, levando Mauá a desistir do empreendimento, transferindo os seus interesses a uma empresa de capital britânico.
* a construção de um trecho de 14 quilômetros de linha férrea entre o porto de Mauá, na baía de Guanabara, e a estação de Fragoso, na raiz da serra da Estrela (Petrópolis), na então Província do Rio de Janeiro, a primeira no Brasil. No dia da inauguração (30 de abril de 1854), na presença do imperador e de autoridades, a locomotiva, posteriormente apelidada de Baronesa (em homenagem à esposa de Mauá), percorreu em 23 minutos o percurso. Na mesma data, em reconhecimento, o empresário recebeu o título de barão de Mauá. Este seria o primeiro trecho de um projeto maior, visando comunicar a região cafeicultora do vale do rio Paraíba e de Minas Gerais ao porto do Rio de Janeiro. Em 1873 pela União & Indústria, empreendimento de Mauá ligando Petrópolis (RJ) a Juiz de Fora (MG), a primeira estrada pavimentada no país, chegavam as primeiras cargas de Minas Gerais para a Estrada de Ferro Dom Pedro II (depois Estrada de Ferro Central do Brasil) empreendimento estatal inaugurado em 1858, que oferecia fretes mais baixos. Em 1882, vencidas as dificuldades técnicas da serra, os trilhos chegavam a Petrópolis.
* o estabelecimento de uma companhia de bondes puxados por burros na cidade do Rio de Janeiro, cujo contrato para exploração Mauá adquiriu em 1862, mas cujos direitos, devido a necessidades de caixa, foram cedidos à empresa de capital norte-americano Botanical Garden’s Railroad (1866), que inaugurou a primeira linha de bondes em 1868, organizando uma lucrativa rede de transportes.
* a participação, como acionista, no empreendimento da Recife & São Francisco Railway Company, a segunda do Brasil, em sociedade com capitalistas ingleses e de cafeicultores paulistas, destinada a escoar a safra de açúcar da região.
* participação, como acionista, na Ferrovia Dom Pedro II (depois Estrada de Ferro Central do Brasil), mesmo tendo consciência que, pelo seu traçado, essa rodovia tiraria toda a competitividade da Rio-Petrópolis;
* a participação, como empreendedor, na São Paulo Railway (depois Estrada de Ferro Santos-Jundiaí) (empreendimento totalmente custeado por ele, sendo a quinta ferrovia do país, em 16 de fevereiro de 1867.
* o assentamento do cabo submarino, em 1874.
Em 1852, o visconde fundou o Banco Mauá, MacGregor & Cia, com filiais em várias capitais brasileiras e em Londres, Paris e Nova Iorque. No Uruguai, fundou em 1857 o Banco Mauá Y Cia., sendo o primeiro estabelecimento bancário daquele país, inclusive com autorização de emitir papel-moeda, sendo que tal banco abriu filial em Buenos Aires, tendo sido citado por Jules Verne como um dos principais bancos da América do Sul.

segunda-feira, 11 de março de 2013

AMÉRICA LATINA


Por que a direita odeia a América Latina

A direita odeia a América Latina. Antes de tudo porque sua mentalidade colonial e seus interesses a vinculam aos países do centro do capitalismo, aos Estados Unidos em particular, que tem uma relação histórica de conflitos com o nosso continente. A direita nunca esconde sua posição subserviente em relação aos EUA, adorava quando os países latino-americanos eram quintal traseiro do império, quando, por exemplo, na década de 90 do século passado, não expressavam nenhum interesse diferente dos de Washington e buscavam reproduzir suas políticas.
A direita não entende a América Latina, nem pode entender, porque sua cabeça é a da anulação diante do que as potencias imperiais enviam para nossos países, de aceitação resignada e feliz aos interesses dessas potencias.
Para começar, compreender a América Latina como continente e’ entender o que a unifica como continente: o fenômeno histórico de ter sido colonizada pelas potencias europeias e ter sido transformada posteriormente em região de dominação privilegiada dos EUA.
Daí a incapacidade da direita de entender o significado do nacionalismo e dos líderes nacionais, porque para a direita não há dominação e exploração imperialista, menos ainda o conceito de nação. Esses líderes seriam então demagogos populistas, que se valeriam de visões fictícias para fabricar sua liderança carismática, fundada no apoio popular.
A própria existência da América Latina como continente é questionada pela direita. Ressalta as diferenças entre o México e o Uruguai, o Brasil e o Haiti, a Argentina e a Guatemala, para tentar passar a ideia de que se trata de um agregado de países sem características comuns.
Não mencionam as diferenças entre a Inglaterra e a Grécia, Portugal e a Alemanha, Suécia e Espanha, que no entanto compõem um continente comum. Por quê? Porque tiveram e tem um lugar comum no sistema capitalista mundial: foram colonizadores, hoje são imperialistas. Enquanto que os países latino-americanos, tendo diferenças culturais muito menores do que os países europeus entre si, fomos colonizados e hoje sofremos a dominação imperialista.
Esses elementos de caracterização são desconhecidos pela direita, para a qual o mundo é compostos por países modernos e países atrasados, sem articulação como sistema, entre centro e periferia, entre dominadores e dominados.
Assim a direita nunca entendeu e se opôs sempre tenazmente aos maiores líderes populares do continente, como Getúlio, Perón, Lazaro Cárdenas, e hoje se opõe frontalmente ao Hugo Chávez, ao Lula, aos Kirchner, ao Mujica, ao Evo, ao Rafael Correa, à Dilma, ao Maduro, além, é claro, ao Fidel e ao Che. Não compreendem por que foram e são os dirigentes políticos mais importantes do continente, porque têm o apoio popular que os políticos da direita nunca tiveram.
Ainda mais agora, quando a América Latina consegue resistir à crise, não entrar em recessão, continuar diminuindo a desigualdade, e projetar líderes como Chávez, Lula, Evo, Rafael Correa, Mujica, Dilma, a incapacidade de dar conta do continente aumenta por parte da velha mídia. Sua ignorância, seus clichês, seus preconceitos a impedem de entender essa dinâmica própria do continente.
Só resta à direita odiar a América Latina, porque odeia os movimentos populares, os líderes de esquerda, a luta antiimperialista, a crítica ao capitalismo. Odeiam o que não podem entender, mas, principalmente, odeiam porque a América Latina protagoniza um movimento que se choca frontalmente com tudo o que a direita representa.
Por que a direita odeia a América Latina A direita odeia a América Latina. Antes de tudo porque sua mentalidade colonial e seus interesses a vinculam aos países do centro do capitalismo, aos Estados Unidos em particular, que tem uma relação histórica de conflitos com o nosso continente. A direita nunca esconde sua posição subserviente em relação aos EUA, adorava quando os países latino-americanos eram quintal traseiro do império, quando, por exemplo, na década de 90 do século passado, não expressavam nenhum interesse diferente dos de Washington e buscavam reproduzir suas políticas. A direita não entende a América Latina, nem pode entender, porque sua cabeça é a da anulação diante do que as potencias imperiais enviam para nossos países, de aceitação resignada e feliz aos interesses dessas potencias. Para começar, compreender a América Latina como continente e’ entender o que a unifica como continente: o fenômeno histórico de ter sido colonizada pelas potencias europeias e ter sido transformada posteriormente em região de dominação privilegiada dos EUA. Daí a incapacidade da direita de entender o significado do nacionalismo e dos líderes nacionais, porque para a direita não há dominação e exploração imperialista, menos ainda o conceito de nação. Esses líderes seriam então demagogos populistas, que se valeriam de visões fictícias para fabricar sua liderança carismática, fundada no apoio popular. A própria existência da América Latina como continente é questionada pela direita. Ressalta as diferenças entre o México e o Uruguai, o Brasil e o Haiti, a Argentina e a Guatemala, para tentar passar a ideia de que se trata de um agregado de países sem características comuns. Não mencionam as diferenças entre a Inglaterra e a Grécia, Portugal e a Alemanha, Suécia e Espanha, que no entanto compõem um continente comum. Por quê? Porque tiveram e tem um lugar comum no sistema capitalista mundial: foram colonizadores, hoje são imperialistas. Enquanto que os países latino-americanos, tendo diferenças culturais muito menores do que os países europeus entre si, fomos colonizados e hoje sofremos a dominação imperialista. Esses elementos de caracterização são desconhecidos pela direita, para a qual o mundo é compostos por países modernos e países atrasados, sem articulação como sistema, entre centro e periferia, entre dominadores e dominados. Assim a direita nunca entendeu e se opôs sempre tenazmente aos maiores líderes populares do continente, como Getúlio, Perón, Lazaro Cárdenas, e hoje se opõe frontalmente ao Hugo Chávez, ao Lula, aos Kirchner, ao Mujica, ao Evo, ao Rafael Correa, à Dilma, ao Maduro, além, é claro, ao Fidel e ao Che. Não compreendem por que foram e são os dirigentes políticos mais importantes do continente, porque têm o apoio popular que os políticos da direita nunca tiveram. Ainda mais agora, quando a América Latina consegue resistir à crise, não entrar em recessão, continuar diminuindo a desigualdade, e projetar líderes como Chávez, Lula, Evo, Rafael Correa, Mujica, Dilma, a incapacidade de dar conta do continente aumenta por parte da velha mídia. Sua ignorância, seus clichês, seus preconceitos a impedem de entender essa dinâmica própria do continente. Só resta à direita odiar a América Latina, porque odeia os movimentos populares, os líderes de esquerda, a luta antiimperialista, a crítica ao capitalismo. Odeiam o que não podem entender, mas, principalmente, odeiam porque a América Latina protagoniza um movimento que se choca frontalmente com tudo o que a direita representa. Emir Sader

domingo, 3 de março de 2013



Por que falam tanto de Yoani?

Por uma razão: ela fala coisas que os americanos querem que sejam ditas.
Yoani
Yoani
Yoani Sanchez, a blogueira cubana, recebe uma cobertura enorme da mídia brasileira e internacional por uma razão: ela critica Cuba.
Por isso ela será tratada como estrela pop na turnê mundial que começa agora, entre os brasileiros. (O governo cubano deu uma absurda contribuição à aura de ‘martírio’ de Yoani com sua indefensável política restritiva para viagens e para o livre debate político, mas isto é outro assunto.)
No Brasil, sabemos que escrever contra Lula encurta o caminho rumo a colunas no Globo, na Veja, no Estadão e na Folha. Ou a participações na CBN e na Globonews, e assim a vida caminha.
No mundo, escrever contra Cuba, ainda mais se você é cubano e ainda mais se você vive lá, como Yoani, é garantia de ampla cobertura da mídia americana, cuja repercussão é planetária.
Ao longo dos anos, esse tipo de conteúdo serviu aos interesses americanos de fazer propaganda contra qualquer coisa parecida com socialismo.
Ajudou também a dar argumentos, perante a opinião pública mundial, para que os Estados Unidos mantivessem um abjeto bloqueio econômico que impediu Cuba de se desenvolver desde a Revolução de Fidel.
Essa propaganda serviu também de apoio às inúmeras tentativas que os Estados Unidos fizeram de matar Fidel e de tornar Cuba outra vez um quintal americano encostado em Miami — ou um bordel, como era antes.
O que teria sido de Cuba sem a impiedosa perseguição americana?
Os Estados Unidos descobriram, nos anos 1950, a receita de golpes no exterior. Propaganda para desestabilizar regimes, e depois a presença nas sombras da CIA.
A receita funcionou na Guatemala e no Irã. Na Guatemala, o presidente progressista Jacobo Arbens foi sabotado por ter desapropriado terras (não cultivadas) de uma empresa americana que produzia bananas, a United Fruits. Arbens queria melhorar a vida de camponeses miseráveis.
Os americanos o tacharam de comunista por meio de aliados na mídia, financiaram um exército de mercenários sob o comando de um general assassino exilado em Honduras e acabaram derrubando Arbens.
Nasciam assim as Repúblicas das Bananas.
Num documentário, lembro a cena de Nixon, então vice-presidente, saudando diante das câmaras de televisão o general. “Pela primeira vez na história, um povo derruba um governo comunista”, disse Nixon.
O povo guatemalteco nada tivera a ver com o golpe. Foi mais uma das múltiplas mentiras contadas por Nixon em sua vitoriosa carreira.
Vale a pena uma pausa para ver Nixon em ação, logo no início do documentário.
A mesma receita foi aplicada no Irã do progressista Mossadegh, com os mesmos resultados. Num livro sobre o golpe no Irã do renomado jornalista investigativo americano Stephen Kinzer, ele ouviu um agente da CIA que, naqueles dias, era pago para escrever artigos anti-Mossadegh que eram imediatamente publicados na imprensa iraniana conservadora.
Dois sucessos não levam necessariamente a três.
Os americanos usaram a mesma tática para derrubar Fidel, e sofreram uma avassaladora derrota no episódio que passou para a história como a Invasão da Baía dos Porcos.
O povo cubano, mais que o próprio regime de Fidel, rechaçou os americanos. Os cubanos foram mais firmes que os guatemaltecos e os iranianos – provavelmente porque conhecessem muito bem os reais interesses dos Estados Unidos por trás do discurso de campeões do mundo livre.
Nos últimos anos, você recebe tratamento heroico dos Estados Unidos se falar mal do islamismo, ainda mais se for oriundo do universo muçulmano.
O melhor exemplo disso é a somali Ayaan Hirsi Ali, que ganha a vida nos Estados Unidos dando pancadas no Islã. Ayaan, antes de terminar nos Estados Unidos, viveu como refugiada na Holanda. Lá, convenceu um descendente de Van Gogh a fazer um filme antiislâmico e o resultado é que o pobre Van Gogh foi morto por um radical. Ficou pesado o ar para ela na Holanda e então os Estados Unidos a receberam com tratamento vip.
Ayaan
Ayaan
Yoani e Ayaan são casos parecidos, filhas da mesma lógica.
O maior mérito de ambas é falar o que os americanos querem que seja falado. São, para usar a expressão de Boff, escaravelhas internacionais.
Paulo Nogueira
No Diário do Centro do Mundo

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

RESTOS MORTAIS DE DOM PEDRO I SÃO EXUMADOS

DOM PEDRO I
Arquivo da Pinacoteca de São Paulo/Reprodução/Wikimedia Commons
O jornal Estadão revelou que, pela primeira vez em quase 180 anos, os restos mortais de Dom Pedro I, o primeiro imperador brasileiro, foram exumados para estudos. Conforma as informações do jornal, também foram abertas as urnas funerárias das duas mulheres de Dom Pedro I: as imperatrizes Dona Leopoldina e Dona Amélia. Os corpos estavam no Parque da Independência, na zona sul da capital, desde 1972.  
A historiadora e arqueóloga Valdirene do Carmo Ambiel foi responsável pelos exames, realizados, em sigilo, entre fevereiro e setembro de 2012, com o apoio da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). As análises da pesquisadora revelam fatos desconhecidos sobre a família imperial brasileira, agora comprovados pela ciência, e compõem um retrato jamais visto dos personagens históricos, destacou o Estadão.
Detalhes dos exames
Com a conclusão dos exames, ficou comprovado que o imperador tinha quatro costelas fraturadas do lado esquerdo, o que praticamente inutilizou um de seus pulmões. Isso pode ter agravado a tuberculose que o matou, aos 36 anos, em 1834. Ferimentos constatados foram resultados de dois acidentes a cavalo, ambos no Rio, em 1823 e em 1829, informou o veículo de imprensa.
Outra surpresa revelada refere-se ao fato de não haver nenhuma comenda ou insígnia brasileira entre as cinco medalhas encontradas em seu esqueleto. "O primeiro imperador do Brasil foi enterrado como general português, vestido com botas de cavalaria, medalha que reproduzia a constituição de Portugal e galões com formato da coroa do país ibérico", destacou o Estadão.
"No caso da segunda mulher de Dom Pedro I, Dona Amélia de Leuchtenberg, a descoberta mais surpreendente veio antes ainda de que fosse levada ao hospital: ao abrir o caixão, a arqueóloga descobriu que a imperatriz está mumificada, fato que até hoje era desconhecido em sua biografia. O corpo da imperatriz, embora enegrecido, está preservado, inclusive cabelos, unhas e cílios. Entre as mãos de pele intacta, ela segura um crucifixo de madeira e metal", informou também o jornal.
Outro detalhe curioso é que estudo também desmente a versão histórica de que a primeira mulher, Dona Leopoldina, teria caído ou sido derrubada, de uma escada, por Dom Pedro, no palácio da Quinta da Boa Vista, então residência da família real. Segundo a versão, divulgada por historiadores como Paulo Setúbal, ela teria fraturado o fêmur, mas, nas análises no Instituto de Radiologia da USP, não foi constatada nenhuma fratura nos ossos da imperatriz.
* Com informações do Estadão

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

MELHORES MUSICAIS


Preconceitos de muitos críticos à parte, não se pode negar que depois da febre causada por “High School Musical” em 2006, dezenas de musicais começaram a surgir; para a nossa alegria. Este artigo especial trará cinco musicais icônicos que você não deveria deixar de assistir. Mas que fique claro: a ordem dos fatores não altera o produto, todos eles merecem ser vistos e admirados.

Cantando na Chuva (1952)
Como falar de musicais e não mencionar “Singin’ In The Rain” (Cantando na Chuva, no Brasil)? O longa, estrelado por Gene Kelly, foi lançado em 1952, mas a cena do ator cantando e dançando na chuva é memorável. A música em questão, que também leva o mesmo nome do filme, ganhou as mais variadas versões e mais recentemente na série “Glee”, onde o New Direction com Will (Matthew Morrison) e Holly (Gwyneth Paltrow) reproduzem parte da cena icônica de Gene com um mash-up com “Umbrella” de Rihanna. “Singin’ In The Rain” foi eleito pelo AFI (American Film Institute) como o melhor musical de todos os tempos.

Amor, Sublime Amor (1961)
“West Side Story” (Amor Sublime Amor, no Brasil) segue a mesma linha do filme anterior, não mencioná-lo neste artigo seria ofender muitos dos admiradores de musicais. Em um bairro de Nova York, dominado por duas gangues de jovens inimigos, Tony (Richard Beymer) – antigo líder dos Jets – se apaixona por Maria(Natalie Wood). Até aí, nada de anormal, a não ser pela moça ser irmã de Bernardo (George Chakiris), líder dos Sharks. O amor entre o casal nasce do ódio e brigas entre as duas gangues. O musical foi lançado em 1961, foi premiado com dez estatuetas do Oscar e ganhou inúmeras adaptações para o teatro. A trilha sonora do filme permaneceu por cinquenta e quatro semanas no primeiro lugar entre os álbuns mais vendidos e é de longe, o maior tempo que um disco dominou o topo da Billboard.

Grease – Nos Tempos da Brilhantina (1978)
O marco de uma geração é, sem sombra de dúvidas, “Grease” (Grease – Nos tempos da Brilhantina, no Brasil). A história segue Danny (John Travolta) e Sandy (Olivia Newton-John), um casal que troca juras de amor nas férias de verão mas são obrigados a se separar, já que a garota voltará para a Austrália. Mas, a viagem acaba sendo posta de lado e Sandy permanece no lugar e se matricula na mesma escola que Danny, que passa a ignorá-la, mesmo a amando. O longa-metragem custou míseros seis milhões de dólares e arrecadou quase quatrocentos milhões ao redor do mundo, enquanto a aclamada trilha sonora, lançada em 1978, foi o segundo disco mais vendido daquele ano.

Nasce uma Estrela (1954)
Judy Garland é uma das maiores estrelas de musicais que Hollywood já lançou. Na segunda versão de“Star Is Born” (Nasce uma estrela, no Brasil), lançada em 1954, ela vive Esther Blodgett, uma cantora que sonha com o estrelato. Casada com o astro de cinema Norman Maine (James Mason), a moça adota o nome de Vicky Lester e começa a ganhar, finalmente, a fama que tanto almejava. No entanto, enquanto a reputação de Esther cresce, o marido começa a ver sua carreira acabando, o que culmina nele transformando-se em um alcoólatra e claro, abalando a carreira da esposa. O longa-metragem foi indicado a seis categorias no Oscar.
Cinquenta e oito anos depois do lançamento original, a Warner Bros. está produzindo um remake, que já tem a cantora Beyoncé confirmada no papel principal, enquanto cogita-se que Tom Cruise deva assumir o personagem que pertenceu à James Mason. Dirigido pelo icônico Clint Eastwood (J. Edgar), o longa tem estreia prevista para 2013.

Chicago (2002)
Ah, como não amar “Chicago”? Lançado há dez anos, o filme segue Velma Kelly (Catherine Zeta-Jones), uma famosa dançarina que, após matar o marido e sua irmã, entra em uma seleta lista de assassinas de Chicago, que é totalmente controlada pelo advogado Billy Flynn (Richard Gere). Ao contrário do que se esperava, o assassinato faz com que Velma torne-se uma celebridade do show business, o maior sonho da cantora Roxie Hart (Renée Zellweger). Depois de também matar o amante, ela ganha a fama e tem de disputar os holofotes com Velma. Em contra-partida, Billy, ao ser contratado para defender Hart, adia o julgamento de Kelly e passa a explorar ao máximo os dois assassinatos nos jornais.
O filme é um verdadeiro espetáculo em relação as interpretações do trio principal, o que causou uma excelente recepção da crítica especializada. O longa arrecadou mais de trezentos milhões de dólares na bilheteria, mais do que suficiente para pagar os quarenta milhões gastos para a produção.
E quanto a vocês, gostam de musicais? Já assistiram alguns desses?

fonte; blog melhoresangulos.com

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

100 MÚSICAS MAIS BONITAS


As 100 músicas mais bonitas do mundo (segundo os usuários do Reddit)

Carolina Vilaverde 16 de janeiro de 2013
Na segunda-feira, um usuário da rede social Reddit postou um tópico com a pergunta “Qual a música mais bonita que você já ouviu?”. Depois de mais de 9 mil comentários e pedidos de outros usuários para que os votos fossem para a música mais bonita – e não para a favorita -, uma lista bacana surgiu. As referências vão de Radiohead a The Beach Boys, mas a grande vencedora foi “Claire de Lune”, de Debussy. Ficou curioso para descobrir o resto da lista? Na lista abaixo, você encontra as 10 primeiras colocadas entre as músicas mais bonitas para sua apreciação (a lista completa você vê aqui).
1. Claude Debussy – Clair de lune (3º movimento da Suite bergamasque)
2. The Cinematic Orchestra – To build a home
3. Frederic Chopin – Noturno (Nocturno em Mi bem maior Op.9 No.2)
4. Brian Eno – An ending (Ascent)
5. Ludwig van Beethoven – Sonata ao luar (Sonata Op. 27 n. 2)
6. Paris Opera-Comique Orchestra – O dueto das flores
7. Annie Lennox – Into the west
8. Peter Gabriel – The book of love
9. Fleet Foxes – Blue Ridge Mountains
10. Ludovico Einaudi – Divenire

Conte para nós: qual é a música mais bonita que você já ouviu?

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

SALVADOR DALÍ




Salvador Dalí (1904-1989), mestre do surrealismo, é famoso pelas suas telas de imagens inusitadas, com alusões fantásticas ao mundo dos sonhos e do subconsciente. Além de pintor, Dalí também foi escultor e gravurista. Dalí fez gravuras para grandes clássicos da literatura ocidental. Destas obras, uma das mais apreciadas é a série em aquarela da visão do pintor sobre a alegoria poética A Divina Comédia de Dante Alighieri (1265-1321), um dos maiores poetas renascentistas.
Surrealismo
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Posted on 10/07/2012 by salvador
A palavra surrealista foi cunhado por Guillaume Apollinaire e apareceu pela primeira vez no prefácio de sua peça Les Mamelles de Tirésias, o que foi escrito em 1903 e estreada em 1917.

Primeira Guerra Mundial espalhou os escritores e artistas que estavam baseados em Paris, e em muitos se envolveram com o dadá, acreditando que o pensamento racional excessivo e valores burgueses tinham trazido o conflito da guerra sobre o mundo. Os dadaístas protestaram com anti-arte, performances, encontros escritos e obras de arte. Depois da guerra, quando retornou a Paris, as atividades Dadaístas continuaram.

Durante a guerra, André Breton, que tinha treinado em medicina e psiquiatria, serviu em um hospital neurológico, onde ele usou métodos psicanalíticos de Sigmund Freud com os soldados que sofrem de shell-shock. Encontro com o jovem escritor Jacques Vaché, Breton achava que Vaché era o filho espiritual do escritor e fundador patafísica Alfred Jarry. Ele admirava a atitude do jovem escritor anti-social e desprezo pela tradição artística estabelecida. Mais tarde, Breton escreveu: “Na literatura, fui sucessivamente tomadas com Rimbaud, com Jarry, com Apollinaire, com Nouveau, com Lautréamont, mas é Jacques Vaché a quem devo mais”.

De volta a Paris, Breton entrou em atividades dadaístas e começou a Littérature, jornal literário, juntamente com Louis Aragon e Philippe Soupault. Eles começaram a experimentar com a escrita automática espontaneamente escrever sem censura de seus pensamentos e os escritos publicados, bem como relatos de sonhos, na revista. Breton e Soupault mergulhou mais profundamente no automatismo e escreveu Os Magnetic Fields (1920).

Continuando a escrever atraiu mais artistas e escritores, pois eles passaram a acreditar que o automatismo era melhor tática para a mudança social do que o ataque Dada em valores prevalecentes. O grupo cresceu para incluir Paul Éluard, Benjamin Péret, René Crevel, Robert Desnos, Jacques Baron, Max Morise, Pierre Naville, Roger Vitrac, Gala Éluard, Max Ernst, Salvador Dalí, Man Ray, Hans Arp, Georges Malkine, Michel Leiris, Georges Limbour, Antonin Artaud, Raymond Queneau, André Masson, Joan Miró, Marcel Duchamp, Jacques Prévert, e Yves Tanguy.

Como se desenvolveu a sua filosofia, eles acreditavam que o surrealismo
seria a favor da ideia de que expressões comuns e depreciativas são vitais e importantes, mas o sentido deve estar aberto a toda a gama de imaginação de acordo com a dialética hegeliana. Eles também observaram que a dialética marxista e do trabalho de teóricos como Walter Benjamin e Herbert Marcuse.

Trabalho de Freud com a associação livre, análise de sonhos e do inconsciente foi de extrema importância para os surrealistas no desenvolvimento de métodos para liberar a imaginação. Abraçaram idiossincrasia, rejeitando a idéia de uma loucura subjacente. Mais tarde, Salvador Dalí explicou-o como: “Há apenas uma diferença entre um louco e eu: não sou louco”.

Ao lado do uso de análise de sonhos, eles enfatizaram que “pode-se combinar dentro do mesmo quadro, elementos não encontrados normalmente em conjunto para produzir “efeitos ilógicos e surpreendente”. Breton incluía a ideia de as justaposições surpreendentes em seu manifesto de 1924, levando por sua vez, a partir de um ensaio de 1918 pelo poeta Pierre Reverdy, que disse: “a justaposição de duas realidades mais ou menos distante Quanto mais o relacionamento entre as duas realidades justapostas está distante e verdadeiro, mais forte será a imagem – a maior a sua poder emocional e realidade poética.

O grupo teve como objetivo revolucionar a experiência humana, em seus aspectos pessoais, culturais, sociais e políticos. Eles queriam libertar as pessoas da racionalidade falsa e costumes restritivos e estruturas. Breton proclamou que o verdadeiro objetivo do surrealismo era “viva a revolução social, e isso sozinho!” Para este objetivo, em vários momentos surrealistas alinhado com o comunismo e o anarquismo.

Em 1924, eles declararam a sua filosofia no “Manifesto Surrealista” em primeiro lugar. Naquele mesmo ano, eles estabeleceram o Escritório de Pesquisa surrealista, e começou a publicar a revista Révolution La Surréaliste.
    

O surrealismo de Salvador Dalí

  • Obras que deixa uma mistura de sentimento em nós


A persistencia da memória
Salvador Domingo Felipe Jacinto Dalí i Domènech, Marquês de Dalí de Púbol (11 de maio de 1904 – 23 jan 1989), vulgarmente conhecida como Salvador Dalí foi um proeminente espanhol catalão surrealista pintor, nascido em Figueres.

Salvador Dali era um hábil desenhista, mais conhecido pelas impressionantes e estranhas imagens em seu trabalho surrealista. Suas habilidades de pintura são muitas vezes atribuidas as influencias de mestres da Renascença. Sua obra mais conhecida, "The Persistence of Memory" (A persistencia da memória), foi concluída em 1931. O expansivo repertório artistico de Salvador Dali inclui cinema, escultura e fotografia, em colaboração com uma série de artistas de várias mídias.

Salvador Dali atribuiu o seu “amor de tudo o que é excessivo e dourado, sua paixão pelo luxo e o amor oriental por roupas” a um auto-denominado linhagem árabe, alegando que seus antepassados eram descendentes de mouros.




Dalí foi altamente imaginativo e também tinha uma afinidade para a participação no comportamento comum e grandioso, afim de chamar a atenção para si mesmo. As vezes isso irritava aqueles que amaram sua arte tanto quanto isso irritava seus críticos, desde a sua maneira excêntrica, por vezes, chamou mais a atenção do público de sua obra.
Salvador Dali foi um artista versátil. Algumas de suas obras mais populares são esculturas e outros objetos, e ele também é conhecido por suas contribuições ao teatro, moda e fotografia, entre outras áreas.




Dois dos mais populares objetos do surrealismo foram Telefone de Lagosta e sofá Mae West Lips, completado por Dalí em 1936 e 1937, respectivamente. Artista surrealista e patrono Edward James encomendou esses dois pedaços de Dalí; James herdou uma grande propriedade inglesa em West Dean, West Sussex, quando ele tinha cinco anos e foi um dos principais apoiantes dos surrealistas na década de 1930. "Lagostas e telefones tiveram forte conotação sexual para Dalí", segundo a legenda de exibição para o Telefone de Lagosta na Tate Gallery. O telefone foi funcional e James comprou quatro deles de Dalí para substituir os telefones em sua casa de retiro. Um, aparece agora na Tate Gallery, o segundo pode ser encontrado no Museu do Telefone alemão Frankfurt, o terceiro pertence à Fundação Edward James; e o quarto está na National Gallery of Australia.





Entre 1941 e 1970, Salvador Dalí criou um conjunto de 39 jóias. As jóias são intrincados e algumas contêm partes móveis. A jóia mais famosa, "The Royal Heart”, é feita de ouro e está incrustada com 46 rubis, 42 diamantes e quatro esmeraldas e foi criada de tal forma que o centro “bate” como um coração real. Dalí comentou que “Sem uma audiência, sem a presença de espectadores, essas jóias não cumpririam a função para a qual foram criadas. O espectador é, então, o artista final.” (Dalí, 1959.) O “Dalí – Joies” (“As Jóias de Dalí”), a coleção pode ser vista no Teatro Museu Dalí em Figueres, Catalunha, Espanha, onde está em exposição permanente.










Fonte: Salvadordali.com.br